quarta-feira, 16 de junho de 2010
A insustentável leveza do ser - Monteiro Lobato
Monteiro Lobato é conhecido por sua mais genial criação, o Sítio do Picapau Amarelo, que encanta crianças e adultos há várias gerações. Mas além de grande mestre da literatura infantil, Lobato foi um dos maiores "malucos beleza" de Pindorama.
Nasceu José Renato, em 18 de abril de 1882. Porém, por conta das iniciais J.B.M.L. gravada em uma bengala do pai, mudou seu nome para José Bento.
Formou-se em direito e chegou a ser promotor, mas em 1911 herdou a fazenda do avô e tornou-se fazendeiro. As geadas e a falta de mão-de-obra qualificada - escreveu Jeca Tatu neste período - o levaram a vender a propriedade.
Montou uma editora e revolucionou o mercado editorial do país. Escreveu Urupês, O presidente negro e O escândalo do petróleo, entre outras obras voltadas ao público adulto.
Em 1927 foi nomeado adido comercial nos Estados Unidos. Voltou de lá disposto a explorar ferro e petróleo - quase faliu - e montar uma fábrica de chicletes - novidade que o encantou.
Foi preso por criticar o "militarismo federal" do governo Vargas.
Defendeu a reforma agrária.
No dia 21 de abril de 1948 Monteiro Lobato sofreu um espasmo vascular cerebral. Permaneceu em coma durante duas horas e meia, até que recobrou a consciência. De acordo com seu médico, Antônio Branco Lefèvre, do episódio "não resultou qualquer paralisia ou distúrbio de consciência, apenas uma agrafia bastante nítida".
As letras se transformaram em traços sem qualquer sentido simbólico. Lobato não conseguia ler ou escrever uma palavra sequer.
Monteiro Lobato faleceu dois meses e meio depois, no dia 4 de julho. De acordo com seu médico,que já o encontrou sem vida, o escritor tinha uma "uma estranha expressão de serenidade na face".
Ótima biografia sobre Lobato: Furacão na Botocúndia
Última entrevista concedida por Lobato
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