sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Quem diria? Mercadante já foi garoto propaganda do Plano Cruzado...

O vídeo é imperdível! Na época o atual ministro da Casa Civil mostrou indignação com a falta de um produto de primeira necessidade: o chocolate granulado!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mario Monicelli morto suicida a Roma


MILANO - Un volo dal quinto piano dell'ospedale San Giovanni di Roma. Scompare così Mario Monicelli, ultimo grande maestro del cinema italiano. Il regista si è ucciso lanciandosi, intorno alle 21 di lunedì sera, dal reparto di urologia dell'ospedale San Giovanni di Roma, dove era ricoverato da domenica. Il cineasta aveva 95 anni e soffriva di un tumore alla prostata. Il corpo di Monicelli è stato trovato dal personale sanitario dell'ospedale a terra, disteso nei viali vicino alle aiuole, a pochi metri dal pronto soccorso.

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sacolinha bancará "Templo de Salomão" em SP



Edir Macedo, dono da IURD e da TV Record, entre outros empreendimentos, lançou no último domingo a pedra fundamental da nova sede mundial de sua igreja.

Localizada no Brás, região central de São Paulo, a igreja será uma réplica do Templo de Salomão de Jerusalem.

O novo templo de Macedo terá 12 andares (55 metros de altura), 2 subsolos e capacidade para 10 mil pessoas sentadas. A obra está orçada em R$ 200 milhões e deve ser concluída até 2014.

Em seu blog, Edir Macedo ressalta que a nova sede da IURD vai "superar o maior templo da Igreja Católica" de São Paulo, a Catedral da Sé.

O roto e o rasgado
Paulo Henrique Amorim e outros ex-jornalistas da Globo adoram dizer que a Record é uma excelente alternativa à perversa hegemonia da "vênus platinada". Também devem estar orgulhosos do empreendedorismo do patrão no terreno da fé, que deve estar tirando o sono da milenar corporação capitaneada pelo cardeal Ratzinger.

Não gosto da platinada, tampouco da dourada. Não gosto do Bento, tampouco do Macedo. Temo ambos.Atualmente, mais o dono da IURD.

Grandes malucos beleza: Jayme Ovalle

Sentado à mesa de um café carioca, o poeta Manuel Bandeira ouviu: “Seu Schimidt, vá por mim! Aquele sujeito é do exército do Pará”. A afirmação vinha de Jayme Ovalle, que, dirigindo-se ao poeta Augusto Frederico Schimidt, tecia uma complexa teoria, a Nova Gnomonia.

Conhecido por passar graxa no cabelo e ter conversas com o anjo da guarda no meio da rua, o compositor paraense influenciou gerações de intelectuais, a começar pelo próprio Bandeira, que mais tarde lhe dedicaria o Poema Só para Jayme Ovalle.
Naquela tarde, Bandeira acompanhou o desenrolar da teoria que o compositor expunha no bar. E tratou de registrá-la em uma crônica que movimentou a intelectualidade brasileira dos anos 1930. Nela, relata a classificação dos tipos humanos em cinco categorias, de acordo com Ovalle:

Exército do Pará: formado por “esses homenzinhos terríveis que vêm do Norte para vencer na capital da República”. Hábeis, buscam o “sucesso material, ou a glória literária, ou o domínio político”.

Dantas: “são homens de ânimo puro, nobres e desprendidos, indiferentes ao sucesso da vida. Toda gente quer ser Dantas.”

Kernianos: “impulsivos por excelência. Apesar de terem bom coração, se deixam arrastar à prática dos atos mais condenáveis.”

Mozarlescos: tipo de gente que dá aos observadores “uma impressão de coisas consideráveis, o que, no entanto, não corresponde o conteúdo das suas palavras ou das suas ações”.

Onésimos: quando um deles aparece, duvida, sorri, desaponta. Sofrem de um drama íntimo: não encontrar nunca uma finalidade na vida.

Da Nova Gnomonia, Vinicius de Moares – que herdou do amigo Ovalle o costume de falar no diminutivo – escreveu: Constitui a grande contribuição do Brasil à filosofia do conhecimento do universo.

Instado a dizer se pertencia ao Exército do Pará, o escritor Graciliano Ramos desconversou: “Está claro que existe um ‘Exército do Pará’. Na maioria dos casos, porém, os seus milicianos já chegam feitos do Norte. E, no Rio, em geral definham, tornam-se mofinos. Ignoro se também sou ‘Pará’. Nunca fiz coisa que prestasse, mas ainda assim o pouco que fiz foi lá e não aqui”.

Mais do que contribuições como a teoria da Nova Gnomonia, 33 músicas (entre elas Azulão, com Manuel Bandeira) e poemas em inglês – idioma que não dominava –, a grande criação de Ovalle foi a própria vida, contada no livro O Santo Sujo – A vida de Jayme Ovalle, de Humberto Werneck. Entre a paixão (e a traição) por uma pomba, as discussões com Deus e o trabalho como funcionário público exemplar, lia a Bíblia fazendo anotações. Pretendia reescrevê-la.

Fonte:Crônicas da Província do Brasil, de Manuel Bandeira (Cosac Naify, 2006)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A insustentável leveza do ser: Person

Luiz Sérgio Person nasceu em 1936.
Aos 21 anos abandonou o curso de direito no último semestre e, ao lado de Antunes Filho e Flávio Rangeu, fundou o Teatro Paulista de Câmara. No mesmo ano lançou a revista de cinema Sequência, na qual era redator, editor e diagramador.
Após uma estréia frustrada no cinema, abandonou o meio artístico e passou a administrar uma empresa da família, a Person Bouquet.
Insatisfeito com o mundo empresarial, partiu para a Itália no início da década de 60,estudando cinema na Cinecittá di Roma. Lá, teve contato com os diretores da Nouvelle Vague.
De volta ao Brasil, dirigiu "São Paulo Sociedade Anônima" (1963) e "O caso dos irmãos Naves" (1967), dois clássicos do cinema nacional.
Na frente das câmeras atuou em vários filmes, como "O estranho mundo de Zé do Caixão (1967).
Morreu em 1976, um mês antes de completar 40 anos, em um acidente de carro a caminho de Ubatuba.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Capitalismo verde é sujeira: Marina e Gabeira

Por Gilberto Felisberto Vasconcellos

Agora todo mundo capitalista deu para ser verde.

A General Eletric prega a “ecoimaginação”, ou este oxímoro insano: “carvão limpo”. Na propaganda ela põe um elefantão cantando “Singing in the rain”.

O barão da mídia, Murdoch, que está louquinho para derrubar Chávez, declarou: “sinto orgulho de ser verde”.

É impossível existir capitalismo sem toxina.

A mistificação do capitalismo verde é reproduzida por aqui com Gabeira e Marina. Como é que alguém a favor do lucro capitalista evangélico pode falar em natureza? A única coisa verdecoevangélica que existe é a nota verde do dólar.

Marina é pró-capitalismo, portanto é antiecológica. Seus assessores almofadinhas e janotas são udenistas e tucanos de corpo e finanças, portanto contra a minhoca, o arado natural, Eles são entusiastas da Monsanto que inventou o herbicida round up devastador da natureza e que financia a biotecnologia e a engenharia genética.

Marina, me dizia Marcelo Guimarães, não moveu uma palha pelo projeto das micro-destilarias a álcool em pequenas propriedades; agora ela se diz devota do álcool e óleos vegetais, só que produzidos em economia de escala com plantation latifundiária para exportação multinacional.

Marina é adversária da reforma agrária radical, portanto joga no time do ecocídio, Serra batalhou pela aprovação da lei das patentes para felicidade das grandes corporações multinacionais na Câmara e Senado.

A agricultura capitalista multinacional arruína a terra e envenena as pessoas. Tudo isso sob o comando dos grãos geneticamente manipulados pela Monsanto, que é a Rede Globo da agricultura.

A juventude não poderá cair na esparrela agrobiocancerigenotucano. O descalabro da natureza é causado pelo regime social chamado capitalismo, por conseguinte crítica ecológica que não seja anticapitalista é conversa de urubu com bode.

E Gabeira? É a ideologia pós-moderna do Banco Mundial em ação, que no Rio de Janeiro é a expressão da burguesia comercial e imobiliária, de onde provêm Carlos Lacerda e César Maia.

Nunca entendi a notoriedade de Gabeira. Chegou da Suécia de tanguinha de crochê na praia pousando de “candidato jovem” pré-Collor para destruir os CIEPs de Darcy Ribeiro.

Glauber Rocha tinha a maior bronca dele porque queria tacar fogo no filme Terra em Transe. Glauber dizia que a ambição de Gabeira era freqüentar a casa de Caetano Veloso, que convenhamos não é o barraco de Goethe.

Glauber escreveu: “traíram Jango em 1964 e 1974, destruíram o projeto de nação que ficou no esqueleto do Gabeira”.

Sobre as flores do estilo, pergunto quem foi o gênio linguista que bolou o mote gerundiano da campanha de Dilma? Refiro-me à palavra de ordem: “Para o Brasil seguir mudando”. Que coisa feia. É isso que dá colocar campanha política em agência de publicidade.

Gilberto Felisberto Vasconcellos é sociólogo, jornalista e escritor.

Fonte: Caros Amigos

Nem parece banco

Há anos os bancos não param de bater seus próprios recordes de lucratividade.
O Itaú Unibanco, maior banco privado brasileiro, encerrou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 6,4 bilhões - 39,6% maior que no mesmo período do ano passado.

São lucros obscenos, viabilizados pelo também obsceno modelo de financiamento das campanhas eleitorais.

E o pior é que, dentre os candidatos ao Planalto, não há sequer um nanico com um projeto consistente de reforma política.

Terra em transe


O maior delírio da história de Pindorama - pródiga em delírios - completou 50 anos.
Juscelino, o bem amado, deveria ter sido encarcerado por crime contra a humanidade. Entrou para a história como o "presidente bossa nova".
Deus está morto, mas o inferno deve estar bombando.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A insustentável leveza do ser: Massimo Troisi


Massimo Troisi nasceu em 1953, na pequena San Giorgio a Cremano, localizada a 4 km de Nápoles.

Em 1977, passou a fazer parte de um trio cômico chamado "La Smorfia", que tornou-se famoso em toda a Itália.

Em 1985 atuou ao lado de Roberto Benigni em "Non ci resta che piangere". No filme, os personagens interpretados por Troisi e Benigni são transportados, por acaso, para o século XVI. Lá eles encontram com Leonardo da Vinci e, quando se dão conta da época em que estão, decidem ir até a Espanha para evitar que Cristóvão Colombo descubra a América.

Em 1994 foi protagonista, ao lado de Philip Noiret, de um clássico da história do cinema: O carteiro e o poeta (Il postino).

Pouco depois de ter encerrado as filmagens de O carteiro e o poeta, Troisi morreu em decorrência de um infarto. Tinha 41 anos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Eleições 2010: Odorico na cabeça!


Estão lançados os dados para as eleições 2010. Orientados pelos marqueteiros, os candidatos se adaptam ao paladar do eleitor de Pindorama. Sempre foi assim.

Jânio comia pão com mortadela e andava com o paletó cheio de caspa para ser visto como um homem comum.

Quércia pedia para tirar um cochilo na cama do eleitor, para criar intimidade.

FHC se dizia mulatinho.

Mas em matéria de marketing político, ninguém superou Odorico, O Bem Amado. Veja

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Indio do Demo quer apito no Arraial dos Tucanos


Desde pequeno ouço que o salário mínimo deveria valer pelo menos US$ 100, e que o brasileiro tem memória curta.

Sob Lula, o salário mínimo vale hoje cerca de US$ 280. Ainda baixo, mas uma belezura quando comparado ao seu valor nos desgovernos anteriores.

Agora, a tal memória do brasileiro parece que continua estagnada.

Quando Sarney sentou no trono sem que Tancredo tivesse sequer a chance de colocar a faixa presidencial, descobrimos - da pior forma possível -, que vice não é decorativo.

Presidentes adoecem. Presidentes enlouquecem. Presidentes morrem. E quem assume é o vice, sem ter recebido um único voto.

E não só presidentes. Serra se candidatou à prefeitura de São Paulo e declarou publicamente que não renunciaria ao mandato para concorrer ao governo. Renunciou, e deixou no seu lugar um inexpressivo afilhado político, sob o qual pairavam acusações de enriquecimento ilícito.

O circo político para as eleições 2010 começou a ser armado, e os principais partidos parecem apostar na falta de memória dos brasileiros, que demonstram ter esquecido dos cinco anos sob Sarney, das patuscadas e pantomimas de Collor e do estelionato Serra-Kassab - entre outras aberrações da história recente.

Dilma de Lula terá como vice Michel Temer, figura de proa - ou nem tanto - do deplorável PMDB de Sarney. Serra do Kassab, depois de gastar o chão de tanto dar voltas em torno do rabo, "escolheu" como vice o deputado Indio do Demo - segundo dizem, por ser o único nas profundezas do Demo, sócio dos tucanos, a não ter a capivara muito longa.

Acho que agora a Regina Duarte tem motivo de sobra para temer o Temer da Dilma e o Indio do Serra e do Kassab. Até eu, que já entreguei a rapadura faz tempo, temo.

Quem vai ganhar o troféu abacaxi?


"MST não é movimento de reforma agrária, é ideológico", diz Serra.

"Mediocridade de candidatos é o que mais irrita", diz Calainho - jurado do programa Ídolos.

Os títulos acima foram colocados como chamada de capa no UOL. Estavam em seções diferentes, mas me parecem indissociáveis.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A insustentável leveza do ser - Péricles Maranhão


O desenhista Péricles Maranhão nasceu em 1924, no Recife.

Aos 17 anos foi para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar nos Diários Associados, então a maior rede de comunicação do país.

Em 1943, Péricles criou um dos personagens mais populares da história dos quadrinhos de Pindorama: o Amigo da Onça, publicado na revista O Cruzeiro.

O personagem foi desenhado por Péricles durante quase 20 anos, sendo um dos principais atrativos da revista.

Na noite de 31 de dezembro de 1961, Péricles se suicidou. Vedou todas as portas do apartamento e soltou o gás. Tinha 37 anos.

Deixou um bilhete no qual reclamava da solidão. No lado de fora da porta colou outro, síntese do humor irônico de seu personagem mais popular:
Não risquem fósforos!