sexta-feira, 21 de maio de 2010

Folha reinventará a imprensa

O Folha alardeia que reinventará a imprensa.

Seu novo projeto gráfico será o feito mais importante desde Gutenberg.

Mas os fiéis leitores do jornal não têm motivos para preocupação. Os princípios éticos da Folha permanecerão intocados, como demonstra o derradeiro artigo publicado ontem pelo economista Paulo Nogueira Batista Jr., diretor-executivo no FMI.

No trecho abaixo, Nogueira explica como foi informado de seu desligamento da equipe de colunistas:

"Telefona-me Raul Juste Lores, que não tive o prazer de conhecer, mas que vem a ser o novo editor do caderno Dinheiro, para informar, de chofre, que a minha coluna deixará de ser publicada pela Folha. Nada de "o gato subiu no telhado" etc. Foi uma execução sumária. Parece que vem aí uma nova turma de colunistas, feroz, antenadíssima com as novas tendências, pronta para escrever sobre temas de vanguarda como tecnologia, linguagem digital, entre outros.
Este é o meu último artigo na coluna. Ora, na minha coluna, os personagens não têm os nomes que têm por mera coincidência ou acaso. Se o novo editor do Dinheiro se chama Juste, isso indica certamente uma inapelável tendência ao equilíbrio e à justiça. Ele me disse com todas as letras (sem intenção de ferir): "A sua coluna é das mais longevas".
Longeva! Senti-me imediatamente como uma múmia, pronta a ser encaminhada para o sarcófago mais próximo."

Os Frias podem deixar o layout das páginas mais bonitinho, mas uma vez Folha, sempre Folha.

Paulo Nogueira e o macartismo da Folha

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