O texto a seguir, intitulado "A Pirâmide do Cosme Velho", foi escrito pelo jornalista Marco Aurélio Melo:
"Na base uma estrutura enorme, com ramificações na produção de diversos tipos de conteúdo: informação, entretenimento, teatro, música, cinema, editoração, preservação da memória e projetos de cunho sócioambiental. Tudo parece lindo, mágico, cheio de pessoas bem intencionadas, lutando por causas nobres. Mas por trás do negócio está a lógica perversa, amparada em patrimônio adquirido na base da usurpação, da fraude e da chantagem política. E com meios produção forjados à custa de investimentos estrangeiros ilegais, contrabando e corrupção.
Na faixa intermediária é onde estão os mecanismos de controle da produção intelectual. Uma estrutura hierárquica grandiosa lenta e burocrática, repleta de instâncias de decisão, onde lacaios e vassalos se acomodam e exercem seu pequeno poder absolutista, despóticamente. Aspiram o sucesso a qualque custo, considerando que ele seja um caminho natural, desde que as ordens do alto sejam cumpridas, preferencialmente sem questionamentos ou constrangimentos, que possam abalar os interesses "maiores" da corporação.
No topo está a ideologia, o conjunto de valores a serem presevados. A propriedade extensa e centralizada, os recursos econômicos abundantes e livres, para circular sem amarras e sem tributos, os direitos autorais e de reprodução controlados e novos formatos, tecnologias e estratégias sujeitos à aprovação por uma instância decisória fechada.
Para dar dimensão expetacular ao negócio, uma rede de pequenos "sócios" ou "parceiros". Quem ousar enfrentar o oligopólio está sujeito à censura ou à lei, quase sempre escrita pelos seus. Como desmontar essa lógica que se funde às instituições e forja um Estado frágil, injusto e desigual? Eis a questão."
Comentário:O jornalista se refere à Rede Globo. Concordo com ele. O império platinado foi construído com base na usurpação, na fraude e na chantagem política. Só tem um problema: hoje, Mello oferece sua força de trabalho à Rede Record, comprada e mantida com o dinheiro da Igreja Universal. Também sou ressentido em relação a um antigo empregador. Aquele que não for, que atire a primeira pedra. Mas é preciso haver um mínimo de coerência, cara pálida.
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