segunda-feira, 1 de março de 2010

13 mil excluídos perambulam pela desvairada



A cidade de São Paulo tem 13 mil moradores de rua, de acordo com o censo realizado pela Prefeitura administrada por Gilberto do Demo. Levantamento realizado no início da gestão do Demo demonstrou que 1 em cada 6 moradores da maior cidade do país mora em favelas.

Resumo da ópera:

- 13 mil excluídos em uma cidade como São Paulo é um despropósito. Não é possível admitir que a cidade mais "desenvolvida" do país não acolha os mais necessitados.

- Por outro lado, uma cidade que possui um orçamento como o de São Paulo conseguiria resolver o problema dessas pessoas em curto prazo, desde que a questão fosse vista como prioritária.

- Muitas dessas pessoas são vítimas de uma das mais cruéis epidemias contemporâneas, a dependência de crack, uma droga devastadora que transforma seres humanos em verdadeiros zumbis.

- Os moradores de rua são odiados por ricos e pobres.
Os moradores de Higienópolis e Pacaembu, a fina flor da desvarairada, enxergam os seres que perambulam por suas calçadas - depois de terem sido expulsos do centro pela Prefeitura do Demo - como chagas a serem eliminadas, geradores de odor e sujeira.
Os pobres, bombardeados pelo discurso canalha das elites, enxergam os moradores de rua como vagabundos que não lutam por seu "lugar ao sol". São acomodados que querem viver à sombra dos valentes trabalhadores que fazem mover a "locomotiva Brasil".

- A Prefeitura do Demo não sabe - e não se preocupa em saber - o que fazer com a questão, se limitando a contabilizar os desvalidos e empurrá-los de um lado para o outro.

- Pessoas como o padre Júlio Lancellotti têm tentado acolher o que chama de "povo da rua", mas isso não basta. Chegou a hora de encararmos essas pessoas como elas são: criaturas sem perspectiva, que precisam de ajuda incondicional.

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