quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Um museu maravilhoso no Rio de Janeiro


Museu Casa do Pontal
Maior museu de arte popular do Brasil, o Casa do Pontal foi erguido em um tranqüilo sítio no Recreio dos Bandeirantes. Reúne mais de 5.000 peças dos mais variados estilos, formas, materiais e tamanhos.
O acervo foi reunido durante 50 anos pelo colecionador francês Jacques Van de Beuque.


Jacques Van de Beuque, mais um maluco beleza
Nascido em Bavay, no norte da França, em 1922, Jacques Van de Beuque cursou Belas Artes em Valenciennes e Lyon, dedicando-se aos estudos até o início da II Guerra Mundial, quando passa a militar com outros jovens a favor da resistência francesa. Em decorrência disso, é preso diversas vezes, sendo enviado para os campos de trabalhos forçados em Kiev, na Alemanha, onde permanece por quase dois anos. Foge da prisão em 20 de abril de 1944, alguns meses antes do final da guerra.
Decide partir da Europa e estimulado pelo pintor Cândido Portinari opta por vir ao Brasil. Desde sua chegada, Van de Beuque apaixona-se pelos objetos feitos pelas pessoas simples, do povo. Começa então a viajar e adquirir obras, visita vilas e povoados, entrevista artistas, e deixa-se cativar por suas vidas. Desenvolve com alguns artistas longas amizades. Ao cabo de quarenta anos constitui o mais consistente acervo da arte popular produzida na última metade do século vinte.
Para abrigar sua coleção constrói na cidade do Rio de Janeiro o Museu Casa do Pontal, reconhecido como um dos mais importantes, no gênero, no país.
Ao conhecer o acervo e o Museu Casa do Pontal, o escritor José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura, intrigou-se com o empreendimento e declarou: "Como é que um homem, de outra cultura, um dia desembarca aqui, percorre o país, quase ponto por ponto, descobrindo, encontrando, recolhendo, organizando e depois, instala ali aquelas figuras que são da criatividade popular, tudo com uma expressão tão sólida, tão forte. É tudo realmente um assombro! O que se reuniu na Casa do Pontal é inimaginável! Esse homem que fez essa coleção não era com certeza um turista, era um viajante, aquele que viaja para querer saber, para querer ver. Ele foi capaz de num ato de amor recolher e manter tudo aquilo exposto..."

http://www.museucasadopontal.com.br

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